
Freires recebeu os primeiros-socorros e foi levado para o hospital de campanha argentino, em frente ao Grupamento Operativo dos Fuzileiros Navais em Porto Príncipe, capital do Haiti. Como foi identificado aneurisma cerebral, o sargento foi transferido de avião para o hospital recomendado pela ONU para fazer exames em Santo Domingo, República Dominicana.
Segundo o Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil, a família tem recebido ajuda, desde o primeiro momento, do Núcleo da Assistência Social da Marinha. O órgão dispõe de médico, assistente social, psicólogo, capelão e advogado.
"Os familiares foram informados de todos os acontecimentos e foi providenciada a emissão de um passaporte para a esposa do militar, bem como a reserva de passagem aérea para Santo Domingo e de hospedagem em hotel próximo ao hospital", comunicou a Marinha em nota à imprensa.
O documento registra que a esposa não viajou por opção própria. Ela teria preferido esperar, pois havia possibilidade de o fuzileiro naval ser transferido para o Brasil. Os recursos ainda estão disponíveis à família, caso a esposa deseje ir à República Dominicana ou ao Haiti.
Os procedimentos de liberação do corpo e translado são de responsabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU) e serão acompanhados pela Marinha do Brasil. Ainda não há previsão para o transporte.
O fuzileiro naval tinha 1,81m, aproximadamente 80kg e praticava esportes diariamente. Freires passou por exames rigorosos de saúde e foi submetido a testes psicológicos para ingressar o 8º Contingente de Força de Paz. A Marinha destaca que o militar, com excelentes conceitos na carreira, convivia de forma amistosa com os companheiros.
O Sargento Freires é o terceiro brasileiro a falecer na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Em janeiro de 2006, o General Bacellar cometeu suicídio no quarto do Hotel Montana. Em agosto de 2007, o Soldado Klein morreu eletrocutado num acidente no Ponto Forte Dourados.
Carlos Freires Barbosa deixou um filho de dez anos.