quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Plano Estratégico de Defesa

Ousadia. Essa é a palavra que define o documento que será entregue pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo Ministro-Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, no dia 7 de setembro, ao Presidente Luis Inácio Lula da Silva.

O estudo deve mexer de maneira importante com a indústria bélica nacional e diversas áreas de infra-estrutura. Os ministros pretendem que pesquisa tecnológica e produção avançada estejam interligadas, mas para garantir os negócios, o Estado teria maior controle sobre os rumos de empresas privadas. É bom atentar para as exigências que farão as federações de indústria e comércio!

“O Brasil precisa de um escudo de defesa se quiser desbravar um caminho singular no mundo”, afirmou Mangabeira Unger, após se encontrar, nesta tarde, com os comandantes das Forças Armadas da região de São Paulo. “O nosso pacifismo não nos exime da responsabilidade de nos defender”, completou.

Se o debate sobre a Defesa Nacional vingar, o que só deve acontecer depois das eleições municipais, já será um grande ganho para o país. Os militares parecem otimistas. Concordam que o povo deva decidir o tamanho e o tipo de Forças Armadas que querem ter para enfrentar os desafios do mundo moderno. Mangabeira não deixa dúvidas sobre o que pensa. “O Brasil precisa poder dizer não quando tiver que dizer não”, avalia.

E para se impor no cenário internacional, o Plano Estratégico de Defesa prevê mais do que reaparelhamento. Fala em alterações no serviço militar obrigatório.

Mangabeira demonstra preocupação com o profissionalismo no trabalho militar. O ministro questiona até que ponto é interessante para o país aproveitar apenas os jovens voluntários que se apresentam aos 18 anos. Unger quer colocar em debate a possibilidade de as Forças Armadas decidirem quem, quando e como aproveitar não apenas os mais aptos fisicamente, como intelectualmente.

Além de ousado, o Ministro-Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos também é evasivo. Sem apresentar novidades ao ser questionado sobre a proteção das bacias de petróleo, Mangabeira falou em modernização entre 2015 e 2025. Não disse, porém, como garantir isso num país com tradição apenas de política de governo, não de Estado.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Meu livro. Meu filho. :-)

EXPEDIÇÃO HAITI
HISTÓRIAS DE MILITARES BRASILEIROS EM MISSÃO DE PAZ
Prefácio - Roberto Kovalick. Comentário - General Heleno.

Lançamento dia 25 de agosto, pela Editora Baraúna.

O treinamento militar, a adaptação em solo caribenho, a pobreza e a violência nunca sairão da mente dos fardados. Um turbilhão de sentimentos. O que eles esperavam ficou distante do que realmente aconteceu. A ONU: o reino da burocracia e de promessas não cumpridas.

Memórias do primeiro brasileiro a comandar treze tropas estrangeiras em uma missão de paz. A vida de um tenente depois de ter o braço estraçalhado por um tiro de fuzil. A reação das Forças Armadas às três mortes brasileiras. O que mudou e o que não mudou com a atuação militar no Haiti. A resposta do povo à presença de estrangeiros. A luta diária das mulheres. A expressão das crianças.

Os interesses políticos e econômicos do Brasil numa terra aparentemente esquecida, mas que estimula o investimento de R$ 500 milhões em operação militar.

Por que pacificar o Haiti foi mais fácil do que acabar com a violência no Rio?

Experiências de uma estudante em busca de realizar sua primeira reportagem. Os sentimentos que isso pode despertar: insegurança, aflição, dúvida, determinação, iniciativa... Olhares e texto de uma jornalista que foi duas vezes ao Haiti para sentir, no corpo e na alma, cores, cheiros, angústias, medos, alegrias, entusiasmos, energias...

Questionamentos, certezas, impressões e fraquezas expostos ao leitor, para que ele testemunhe um apaixonante processo de aprendizado e amadurecimento. Em um texto leve, bem humorado e de fácil leitura, um foco que se acende sobre uma das mais complexas e curiosas sociedades do mundo ocidental.

Venda exclusivamente pelo site http://www.editorabarauna.com.br.