O dia 20 de maio foi marcado por, pelo menos, 20 minutos de catástrofe jornalística na TV e na internet. A pressa, a vontade de dar a informação primeiro ou de não ficar para trás mostrou seu lado feio e pra lá de perigoso.
O incêndio na loja de colchões na zona sul de São Paulo, que o dono do estabelecimento acredita ter sido causado por um curto circuito, foi noticiado da pior forma possível. As manchetes davam que um avião havia caído num prédio. Chegaram a registrar até mesmo o nome da companhia aérea: Pantanal.
Imaginem, só para começar, o desespero de quem tinha parente voando pela empresa. A mobilização dos bombeiros, Infraero, Defesa Civil, Polícia Militar, CET...
Ao pensarmos no lado financeiro, que também mexe com as vidas dos funcionários da empresa, temos outras conseqüências. Se a notícia tivesse sido divulgada mais cedo, com o pregão da bolsa em andamento, as ações da Pantanal teriam despencado.
Quando a notícia foi "corrigida", falaram em explosão de um botijão de gás e aí por diante.
A irresponsabilidade jornalística, se é que isso pode ser chamado de jornalismo, leva a resultados que absolutamente ninguém quer ver. Quando se brinca de telefone sem fio na hora do trabalho, cabeças rolam na redação. E tem que rolar.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
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