terça-feira, 17 de junho de 2008

Quando um moleque veste farda tudo vem à tona

Questionável a presença do Exército no morro da Providência, centro do Rio. E o que não faltam são questões nesta história. Tanto por um possível escândalo eleitoreiro, quanto pela barbárie. Tudo cheira mal.

Quem pedia a presença do Exército nas favelas cariocas tinha a esperança de encontrar pessoas nas quais se pudesse confiar. Gente preparada para combater e sem nenhum interesse em se aliar. O que vemos agora é a escuridão.

Um tenente, que há pouco tempo serve no Rio, é o responsável por entregar os jovens a traficantes. Como ele conhecia esse pessoal? Que tipo de relação ele tinha com esses homens para ter essa “super” idéia? Como apenas três militares entram fardados numa favela dominada por criminosos e ninguém reage?

Uma punição por desacato a autoridade. O pior é que o moleque bota uma “fantasia camuflada” e pensa que é autoridade. Afinal, quem veste FARDA de verdade não faz esse tipo de coisa.

Por que o Exército estava lá, trabalhando num projeto de um candidato a prefeito? Por que só lá? Por que ninguém sabia? Ou será que sabia só que agora não é conveniente dizer?

Interessante, também, a omissão do Exército. Com todo o meu respeito ao Coronel Barcellos, que já atuou inclusive no Haiti, onde estão os generais?

Em momentos de crise, comandante tem que dar a cara a tapa, tem que assumir publicamente a responsabilidade do cargo. Tem que, no mínimo, aparecer para repudiar e dizer quais são as providências, tem que encarar a pressão.

Mais uma vez, o Comando se cala.

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