sábado, 28 de junho de 2008

Dois cenários. Quantos interesses?

Estabilidade econômica. Potencial de expansão. Amazônia. Biodiesel. Descoberta de petróleo. Geografia, no mínimo, generosa.

Caos econômico. Queda do dólar. Recursos naturais cada vez mais escassos. Crise energética e de alimentos. Guerras de todos os tipos.

Os Estados Unidos admitiram, esta semana, que só o Brasil e os países árabes têm bacias em condições de aumentar a exploração de petróleo, que encerrou a sexta-feira com o barril negociado a mais de US$ 140.

Ainda pela avaliação dos especialistas norte-americanos, nem Venezuela, nem México devem conseguir se manter no mercado como atualmente. Aliás, a produção da América Latina vai cair, até 2010, na mesma proporção que a do Brasil vai crescer: 500 mil barris/dia.

Na quarta-feira, o Comandante da Marinha concedeu uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Mesmo para o caso da Bacia de Campos, que é mais próxima do litoral, nossos navios-patrulha não são suficientes. À medida que formos para bacias cada vez mais distantes, precisaremos de ter mais navios. É impossível com os meios que temos hoje estarmos presentes onde precisamos”, advertiu o Almirante Julio Soares de Moura Neto.

Interessante também o trecho em que o Comandante diz: “Os Estados Unidos têm dado todas as garantias de que respeitarão todas as figuras jurídicas, criadas na Lei do Mar, por meio da Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar”.

Se o sucesso da diplomacia depende também do poder de persuasão, o problema é saber até quando, não é mesmo Almirante?

Enquanto isso, a Marinha aguarda receber R$ 3,2 bilhões só em royalties atrasados.

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